quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Noite de Natal - A Carta - Parte 2


No início ela não sabia bem o que escrever, mas depois de um tempo pensando ela decidiu começar contando um pouco sobre sua vida.

A cartinha dela dizia assim:


Querido Papai Nuel... eu me chamo Racchel, tenho oito aninhos e moro numa cidade chamada Munique na Alemanha. Eu estava passando pela rua com minha mamãe, quando eu vi uma senhora falar sobre o senhor e eu fiquei ali ouvindo o que ela dizia. E ela disse que o senhor entregava presente para todas as crianças desse mundo, então resolvi escrever uma cartinha. Meu papai e minha mamãe, não têm condições de comprar um presente pra mim, toda vez que os peço um presente eles dizem que não podem me dar por que não tem dinheiro. Papai Nuel, por que um pedaço de papel vale tanto?! Meus pais nem sempre tem dinheiro para comprar comida para nossa casa.

Muitas vezes eu passei pela rua e via uma linda boneca na loja e eu ficava sempre admirando aquela boneca linda, eu sempre pedia a minha mamãe para comprar pra mim, mas ela nunca podia.

Até o dia em que eu ouvi falar do senhor, e resolvi escrever. Eu não quero Papai Nuel uma boneca daquela que viu lá na loja, nem uma árvore de Natal como a que vi lá na outra loja, eu só queria que o senhor neste Natal presenteasse minha família com o que comer neste dia. Isso é a única coisa que quero. Vou esperar Papai Nuel o senhor vir me presentear, e todos nós ficaremos muito gratos.”


Ao terminar de escrever a carta, Racchel a coloca dentro de um envelope e vai até a sala onde está sua mãe.

Vamos falar um pouco da mãe de Racchel... Seu nome era Kristin K. Ackermann, ela era uma mulher amarga e sofrida, típica de uma mulher de sua época. Ela ajudava na renda de sua família com as roupas de lã que ela tricotava, não era muito o que ela ganhava, mas dava para ajudar na renda familiar. Kristin era casada com Manfred W. Ackermann, um homem de poucas palavras, que só falava o necessário. Ele trabalhava o dia inteiro como carpinteiro, ganhava o necessário para o sustento da família, pois naquela época o seu trabalho ainda era muito desvalorizado.

Voltando a falar de Racchel e sua carta, como eu ia dizendo, ela foi até sua mãe de cabeça baixa e disse bem baixinho: - Mãe... tome.

Kristin olhou para a menina e lhe perguntou: - O que foi Tochter? O que é isso?


Ela olhou novamente para mãe e disse:


- Mãe eu escrevi uma carta para o Papai Nuel, aquele homem que aum senhora estava falando lá na praça.


A mãe da jovenzinha olhou para ela e disse: - Deixe-me ver...


Ela olhou bem aquela carta e disse: - Está na hora de dormir meine liebe.

E sem esperanças de que a mãe fosse entregar aquela carta, Racchel, foi dormir. Então a mãe pegou a carta e começou a ler, durante a leitura daquela carta Kristin chorava por não poder oferecer uma vida melhor para a pequenina. Ela terminou de ler a carta e guardou-a na gaveta da cômoda da sala...



Continuação na sexta-feira, não percam! Para ler a primeira parte vá até arquivo de poemas&poesias.


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